Na padaria: Tenha bons sonhos Ouvi numa leitura que o Paulo Leminski era isso-aquilo um poeta de frases de efeito. Acho que é uma poesia bem-feita. É engraçado o desfeito. Poesia precisa ter defeito. Nietzsche fez poemas certinhos, Heidegger, poemas sobre a passagem da sua identidade pela Floresta Negra como um ralentado repórter de publicidade, bem bacana. “Curitiba, capital do freezer” sintetiza, para mim, o que o significado faz. Ele morre, e se transforma, pela janela da conjunção da palavra em um entendimento, que apenas o cultural social pode levar ao salto qualitativo e dar sentidos, resignificando o poema, (a anti-poesia), construindo metáforas. A publicidade se perde sem se perder, o publicitário é o poeta. E poetas não têm público-alvo, não atiram em ninguém, eles salvam toda a comunidade. Sinto pelos filósofos, mas o Polaco foi além. A poesia é um engano que somente, só mente, alcança o leitor, não os do jornalismo de favores de merchandising, nem da publicidade com ingresso...
Identidade é um termo complexo, e ao mesmo tempo simples de entender. Concordamos com (Buckingham, 2008,) que diz que a proveniência significativa da palavra surge de Idem (o mesmo, em Lat.), e por nossa inferência, a sua qualidade. O mesmo social cultural, histórico, o sujeito em sua qualidade identificada, uma qualificação de ser em si mesmo que se professa a dizer, a se mostrar quem é. Somos todos a resposta histórico cultural que nos indica, no define. Em Crátilo de Platão estão essas nuances de um ser nomeado, sabendo que, o nome não é o ser. Dizer-se quem se é, ao mesmo tempo significa sermos quem somos através do que dizemos, e não do que somos sem a investidura, a coberta nomeada do que dizemos ser. De qualquer modo nos apresentamos, crentes que levamos conosco a nossa inteireza sólida de sermos quem propalamos ser. E há quem diga quem somos, que nos apresente a nós mesmos, e então somos levados a crer quem somos através do outro. E confirmamos ou...