Algo assim que a memória sem tempo falha no tempo. Não há gosto nisso. Diz o Agostinho, “se ninguém me perguntar eu sei, se o tiver de explicar a alguém, já não sei” está nas Confissões.
Quando não gosto penso em gostar, quase sempre desgosto. Contrário a isso, quando gosto, logo, por nada, meia saraivada de balas, desgosto. Quantas vezes desgosto de mim para desgostar de alguém. E o meu desgosto vem de onde agosto, nasci, fui nascido. Dá-me um gosto de pesar, um desgostar pelejado, um jamais ter ido e um querer grande, não querido. Melhorei, não porque nem goste ou desgoste, que é desgosto da indiferença, não, agora eu agosto todo mundo. E leio o pequeno grande agosto falando de seus desgostos, o Agostini, podia ser caduceu, pelos fins de agosto, morreu (morro eu, quer dizer). Se morre quando alguém morre. É isso dá um certo desgosto.
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