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Caminho suave

Caminho suave PMNT Depois de quase trinta anos distante do dojo, retornei. Era uma necessidade de buscar o equilíbrio, o chão, a terra e também a rapidez em tomar decisões. O Judô parece que realmente aumenta a massa cinzenta, promove o foco, a concentração e nos faz compreender melhor o outro. Parece que tudo se une com velocidade, senso de domínio do corpo, definir caminhos, espiritualidade, paciência e equilíbrio. Mokaiko, sensei ensina. Judô é o caminho suave, praticá-lo é desenvolver a arte de viver com respeitabilidade. O fundador do Judô, Jigoro Kano, usa uma frase que nos leva a pensar: Tudo é unidade. De fato, Deus é a unidade. Assim como pensar que tudo nos leva a Deus, mas que devemos bucar na multiplicidade o conhecimento. O outro é parte possível que nos faz únicos, conhecer o outro é saber de si, e ação que nos leva a compreender isso é seguir o caminho suave, aprender o Princípio da Máxima Eficiência, Princípio da Prosperidade e do Bem Múto, e o Princípio da

Mãos que pensam.

Mãos que pensam Pedro Moreira Nt Mãos ao alto agora. Não posso, estou assistindo televisão. Quer levar um tiro? Cara, dá um tempo. Estou avisando. Vai pegando o que quiser aí e me deixa ver o jornal nacional socialista. Que é isso? Cala a boca, ladrãozinho de merda. Mas, mas .... (É o silêncio que percorreu da rua até a sala e chegou na cozinha). Temendo perder a profissão de bandido ele volta-se para o cachorro na sala. Não ouviu o que eu disse: vai pegando o que desejar aí, daqui não saio e nem ergo as mãos. Mas é um assalto. Eu sou assaltante, posso dar tiro, matar todo mundo aqui, entende, seu vaco. Quieto. No silencio, o temeroso ladrão treme. E ao tremer sacoleja a arma que nem dele é, coisa emprestada de um americano de férias em Copacabana, perto do morro do cristo, chegado em Morretes faz uns dias para escrever o que se deu com a estrada de ferro e tal. Arma que se mexe, espectador que morre ante a insistencia do bandido. Sabia disso, o cara morreu de TV. De me ver? De t

Teatro na escola da vida

Teatro na escola da vida PMNT Quando comecei a fazer um curso de teatro fiquei encantado ao saber que a maioria das coisas que fazia no cotidiano era, de certa forma, teatral. Com o tempo pude notar que o jeito que alguém anda pela rua é uma artificialidade, uma invenção de comportamento para mostrar um jeito de ser. Isso surge de uma imitação cotidiana, de um espelhamento, ou melhor, de identificações que as pessoas têm com quem admiram ou desejam ser. Esse desejo de ser não é exatamente o querer ser aquela pessoa, viver aquela vida, mas parecer tal qual fosse mantendo ao mesmo tempo a sua personalidade o seu jeitinho. Você já deve ter visto pessoas que batem o pé quando andam. Elas chamam a atenção de quem tiver no fundo de uma sala, num lugar distante. O som dá a intenção do protagonista que desfila. A personagem é imaginada para quem estiver longe do campo de visão. Pensa-se isso e aquilo, alguém anda triste, está calmo e é bom, deve ser o chefe, está irritado, é a rai