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Ouvidoria Universitária: Novidade e Consumo


RESUMO
O ressurgimento das Ouvidorias Universitárias na contemporaneidade relaciona-se com a ampla e determinante prática dos sujeitos em um espaço de dissolução da identidade. No contexto do chamado processo de globalização, percebe-se que não há uma fixidez e localização da formação acadêmica devido a mudanças rápidas de um mercado que se movimenta através dos novos meios tecnológicos que não perduram além de sua validade técnica, obrigando os sujeitos a buscarem respostas às suas expectativas de futuro em relação à Universidade e à sua formação. As ouvidorias, após regime ditatorial ressurgem como espaço de discussão da realidade contemporânea na manifestação dos públicos em que se relacionam bens e serviços ofertados no mercado capitalista. Devido à necessidade de fomentação desse mesmo mercado instável e variante, que busca cooptar os sujeitos ao consumo e ao tempo de reproduzir com novos paradigmas tecnológicos a sua produção, a Universidade se obriga a participar de um novo contexto com parcerias que se dirige a corresponder às expectativas dos sujeitos no mercado de trabalho e de sua missão de formação.
Palavras Chave: prática de pesquisa, sujeito e objeto, linha de pesquisa, metodologia, estudo epistemológico, Ouvidoria Universitária.


CONTEXTUALIZAÇÃO

A contemporaneidade está afetada em se reproduzir em todas as instâncias, e não há como se deixar de fora desse contexto, a vida dos sujeitos que se relacionam com a produção de um mercado, principalmente tecnológico que alcança todos os espaços. Ao mesmo tempo em que se lança uma nova perspectiva sobre o tempo e espaço, as condições de se estabelecer uma conexão com o futuro, obriga os sujeitos a se tornarem dependentes desses meios que o levam sempre ao novo. A rapidez cinética, a performance do sujeito na realidade concreta não o possibilita a percebê-la devido às contra-correntes do movimento dessas novidades.
Determinados ao consumo da novidade tornam-se vitimizados desse mesmo suporte que os levam a reproduzir a ideologia do que é novo em relação ao que foi descartado pelo mercado. Impossibilitado de se reconhecer como aquele que atua no
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mundo, porque o foca no sentido imediato das reapresentações usuais da propagada em diversas mídias (ao mesmo tempo em que o põe em cheque no sentido de localização identitária em uma existência que não o substancia para a subjetivação), os sujeitos estão pressionados entre espaço/tempo que se comprime, a dinâmica da rapidez possibilita apenas as nuances representadas, simbólicas utilitárias ou de passagem
Numa sociedade que se ensina a efemeridade como fator de enraizamento, considera-se que o sujeito não consegue construir sentidos críticos em uma realidade que está em contínua mudança da qual não tem completo controle. Não há portanto, percepção do que é durável, mesmo a identidade significativa de um lugar para o sujeito porque nada é durável, e a identificação do sujeito com o lugar está tomada pela novidade.
E é em suas expectativas, a um mundo futuro tecnificado e sem objetivações senão pela exterioridade da forma, pela garantia da reprodução em massa, de um cientificismo que fomenta a mesma indústria que o produz que nunca se preenche e onde nada é estanque, definições e indefinições se alteram, e o que é aparente é desvelado no embate das contradições.
“Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de idéias secularmente veneradas, as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes mesmo de ossificar-se. Tudo que era sólido e estável se esfuma, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas.” (MARX, p. 12, 1999)
Em busca de realizar um caminho que se diz intercambiado entre os novos processos do conhecimento e de se aurir ganhos por esta mobilidade aparente. Cabe à Educação possibilitar um olhar do real concreto em sua dinâmica através da crítica sociopolítica nos espaços do saber. Compreende-se que não há respostas finais, seguindo-se que as considerações sobre a Ouvidoria Universitária prolongam-se na própria discussão sobre a contemporaneidade.
“A vinculação dialética entre o sujeito que conhece e o objeto que pode ser conhecido faz-se por um processo de auto-implicação do sujeito no objeto, no caso da história e pela mediação da práxis entre o presente e o passado. A história, deste ponto de vista, não é mais a ciência do passado pelo passado, mas do passado em relação ao presente do sujeito que conhece” (PEREIRA, 2000, p. 49)
A pesquisa em Ouvidoria Universitária se dá no sentido de se compreender a sua concretude categórica em relação à contemporaneidade. “Não é em qualquer tempo que
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se pode produzir qualquer categoria. O desenvolvimento teórico não depende exclusivamente da capacidade e da disponibilidade teórica. Em última instância, a produção teórica deriva de condições reais” (PEREIRA, 1990, p.46). O que corresponde a uma pré-análise das categorias a serem utilizadas para a consecução da pesquisa, o que compreende a ser uma categoria a abstração de uma realidade concreta.
“Se a investigação é deliberadamente submetida a outros fins considerados mais importantes do que a verdade _ imperativos éticos, políticos ou simplesmente pecuniários _, ela está condenada de antemão do ponto de vista de sua validade cognitiva, de seu conteúdo de conhecimento” (LÖWY, p.33, 1998)
A quem se dirige um olhar duradouro, que possa oferecer uma resposta ao seu caminhar, aonde ir e onde ouvir as respostas em suspenso, a Ouvidoria Universitária na contemporaneidade ressurge para a discussão da missão da Universidade em instruir e oferecer a formação dos sujeitos? A Ouvidoria é fruto de uma época que não se define ou surge para um fator técnico em se oferecer respostas às demandas sociais sobre a educação correspondendo às necessidades de mercado? O sujeito relacionado às suas expectativas de formação para o mercado, e de outro lado o objeto de sua relação se determina ao sujeito.
O trabalho de Ouvidoria Universitária como mediadora entre sociedade/universidade pode ser uma prática no âmbito organizacional de uma IES.
“Como resposta às exigências da opinião publica e frente às necessidades de alinharem objetivos econômicos e compromisso social, muitas organizações brasileiras têm implementado em suas estruturas os serviços denominados ouvidorias. Essas são apresentadas pelas organizações como canais qualificados por meio dos quais articulam uma interlocução aproximada com os indivíduos que integram seus diversos públicos.” (FERNANDES, 2009, p.13)
A impossibilidade de fixidez dos sujeitos na modernidade onde as relações se dão num tempo funcional, cuja durabilidade não se expande como representação durável no meio social onde bens e serviços se coisificam e as relações humanas se determinam a um prazo de validade não ultrapassando a sua relativa permanência no chamado mercado. Como o homem na multidão que se apresenta na diversidade . “É um eu insaciável do não-eu, que a cada instante o revela e o exprime em imagens mais vivas do que a própria vida, sempre instável e fugidia.” (BAUDELAIRE, p.21, 1996).
Como a relação trabalho/produção está focada na validade do produto no mercado enquanto durar a eficácia e como a Universidade se alinha a esta objetivação
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de produção com o desenvolvimento de formação em curto prazo de tecnólogos para o suprimento de mercado em busca de garantias de manutenção do mesmo aparato técnico desenvolvido, as Ouvidorias realizam um controle junto aos públicos dessa mesma condição de validade.
OUVIDORIA
A Ouvidoria no Brasil surge em 1549 com a chegada do Ouvidor Pero Borges, a atividade em Ouvidoria começava pela instância de justiça, onde o Ouvidor cumpria o papel de executor legal da lei. “Os ouvidores atuaram numa sociedade pautada em valores e práticas de Antigo Regime, derivados de uma visão corporativa da sociedade.” (MELLO, 1009, p.19) Compreendendo que a visão de corpo, se estruturava na concepção orgânica, de funções isoladas do organismo do Estado que o mantém vivo compreendia uma cabeça operante na figura do Rei.
Essa visão corporificada da atividade do ouvidor se estende às corporações modernas, em que a figura do ouvidor está relacionada às determinações diretivas de uma companhia.
A Ouvidoria como instrumento controlador das atividades públicas e privadas tem a característica de fazer valer a instrumentação legal e por outro lado, devido o fato de se Ouvir reclames, de promover as consultas e oferecer sugestões, se faz como norteadora do aprimoramento das práticas democráticas.
“Em um país com precárias condições democráticas, a adoção de qualquer forma de controle social sobre o Estado ou empresas sem dúvida ganha aspecto de algo novo e promissor, principalmente porque as ouvidorias surgiram em função da emergência da proteção aos direitos humanos.” (ARAUJO, 2008, p.42)
Após a ditadura e a retomada de uma ordem civil que promoveu a Constituinte de 1988, a possibilidade de uma Ouvidoria Geral, defensoria do povo chegou a ser discutida porem não foi aceita naquele momento. A novidade da Ouvidoria é a sua capacidade de criação de mecanismos facilitadores para a integração de uma ordem administrada com as necessidades surgidas durante as demandas.
O cooptação dos sujeitos a uma idéia de finitude de suas importâncias identitárias se realiza através da mídia que formula as condições relacionais. Nesse sentido, “temos que dar conta do extremo dinamismo e do escopo globalizante das instituições modernas e explicar a natureza de suas descontinuidades em relação às culturas tradicionais” (GIDDENS, p. 30, 1991). O sujeito não é mais impregnado de sua
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cultural local, está distribuído no processo globalizante que não o mais faz permanecer no espaço de sua identificação.
A produção corporativa impossibilita uma percepção do sujeito como autor de sua própria existência a partir do trabalho.
“(...) o volume crescente dos meios de produção em comparação com a força de trabalho neles incorporada expressa a crescente produtividade do trabalho. O acréscimo desta última aparece, portanto, no decréscimo da massa de trabalho proporcionalmente à massa de meios de produção movimentados por ela ou no decréscimo da grandeza do fator subjetivo do processo de trabalho, em comparação com seus fatores objetivos.” (MARX, 1996. p. 254).
O sujeito como parte de uma história de vida não determinada pode se encaminhar para onde queira desde que cumpra os desígnios do novo. Investimentos com determinações de ganhos (lucros) em função de novos investimentos promovem desestabilização sobre o investido, exigindo do sujeito uma visão multifacetada da realidade, isto quer dizer que não há durabilidade, certeza de futuro sobre as ações e o que hoje é válido amanhã pode não ser.
INVESTIGAÇÃO
As Ouvidorias Universitárias se dão como uma porta no sistema para que os sujeitos possam se determinar em busca de respostas, de se posicionarem social e politicamente. As múltiplas faces da modernidade fazem perder a noção ampliada do sujeito, no sentido de que é esse quem produz a crítica da realidade concreta. Não há mais crença sociopolítica de uma realidade progressista porque se tem compreendido que a marcha histórica não é regular e se faz múltipla em sua aparente singularidade.
A Universidade necessita ser ouvida na medida em que puder ouvir os seus públicos.
“Num mundo em que o papel das tecnociências se torna avassalador, um duplo movimento tende a se instalar. De um lado, as disciplinas incumbidas de encontrar soluções técnicas, as reclamadas soluções práticas, recebem prestígio de empresários, políticos e administradores e desse modo obtêm recursos abundantes para exercer seu trabalho. Basta uma rápida visita às diferentes Faculdades e Institutos, para constatar a disparidade dos meios (instalações, material, recursos humanos) segundo a natureza mais ou menos mercantil e pragmática do labor desenvolvido. De outro lado, o prestígio gerado pelo processo de racionalização perversa da Universidade é o melhor passaporte para os postos de comando.” (SANTOS, p.09, 1994)
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Esse processo globalizante promove ações empreendedoras das corporações em parceria com a Educação que recebe os incentivos para a produção de mão de obra qualificada a segmentos de mercado. Os cursos de formação passam por um processo dessa natureza respondendo em sua especificidade ao mercado.
A Ouvidoria põe em discussão as demandas dos públicos na busca de respostas às determinações do mercado.
“A Ouvidoria seria uma chamada à civilidade, pois ao propor a participação nos processos organizacionais promove a interação e o debate a respeito do ponto de equilíbrio entre o que é o justo e o que é o bom para as partes interessadas. Ela tiraria o “indivíduo organização” e o “indivíduo consumidor” da zona de conforto das preocupações individualistas, trazendo ambos para o campo dos relacionamentos desafiadores, com possibilidades de resolução de conflitos e de novas oportunidades.” (VIANNA, p. 28, 1991)
Compreendendo que as partes interessadas entre o que é “justo” e “bom” não se define senão através do mercado, essa mercancia da atividade produtiva que realiza o bem e exige a especialidade fundamenta uma Universidade voltada à produtibilidade e no sentido de capacitação profissional, a partir das corporações.
“Em nome do cientifismo, comportamentos pragmáticos e raciocínios técnicos, que atropelam os esforços de entendimento abrangente da realidade, são impostos e premiados. Numa universidade de "resultados", é assim escarmentada a vontade de ser um intelectual genuíno, empurrando-se mesmo os melhores espíritos para a pesquisa espasmódica, estatisticamente rentável. Essa tendência induzida tem efeitos caricatos, como a produção burocrática dessa ridícula espécie dos "pesquiseiros", fortes pelas verbas que manipulam, prestigiosos pelas relações que entretém com o uso dessas verbas, e que ocupam assim a frente da cena, enquanto o saber verdadeiro praticamente não encontra canais de expressão.” (SANTOS, p.10, 1994)
Se isso é uma realidade de momento ou se esta interferência é uma mudança nas práticas universitárias, considera-se que as Ouvidorias Universitárias não mais se relacionam a demandas específicas, mas de uma ação que busca oferecer respostas sociais e políticas a uma sociedade em processo globalizante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A diferenciação de opiniões sobre produtos e serviços e às respostas ao mercado de trabalho com o desenvolvimento de novas tecnologias através das corporações com a
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urgência de retroalimentar esse mesmo mercado com profissionais de diversas áreas para a continuidade produtiva promove uma tecnificação da Universidade.
Não ocorrendo o controle sobre a produção e as dinâmicas sociais de validação dos bens de consumo e de serviços, as Ouvidorias Universitárias tendem a tornarem-se mecanismos mediadores entre o sujeito e realidade. Compreendendo que a não fixidez dos processos formativos do sujeito na Universidade o obriga a se encaminhar a um mercado que exige atualizações do conhecimento e a uma retomada aos novos programas formativos principalmente técnicos que em parceria com outras iniciativas a Universidade oferece.
Assim como os bens que os sujeitos consomem, o aprendizado torna-se também uma coisa com tempo de validade que não perduram às exigências mercadológicas. Ser um profissional de uma área corresponde a estar em constante atualização desse saber, e na iminência de mudanças de formação. Nesse sentido, as Ouvidorias Universitárias tornam-se observatório dessas transformações, e como espaço de discussão da realidade contemporânea pode oferecer programas consultivos das novas demandas e de ações que propiciem aos sujeitos uma resposta às suas expectativas.
O sujeito na contemporaneidade, em suas expectativas de construir o objeto de formação e de realização profissional se determina em relação às mudanças do objeto que afetam diretamente a Universidade e o próprio sujeito.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, O. S. O controle da atividade policial, um olhar sobre a Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará, Dissertação de Mestrado, São Paulo, 2008.
FERNANDES, A. O Diálogo nas Organizações: a ouvidoria interna sob a óptica das Relações Públicas. Tese de doutorado. São Paulo: Universidade São Paulo, 2009.
GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade, São Paulo: UNESP, 1991.
HUME, D. Acerca do Entendimento Humano. Acropolis, 2006 .
Disponível em: 
LOWY, Michael. As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen, marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento, Cortez, 1998.
MARX, K. O Capital – Crítica da Economia política, O Processo de Produção do Capital, Tmo. 2, (capítulos XIII a XXV), São Paulo: Nova Cultural, 1996.
____________. (Salário, Preço e Lucro (Transcrito da edição em português das Obras escolhidas) de Marx e Engels publicada em 1953 pela Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscou).
Disponível em: 
MARX, K. e ENGELS, F. Manifesto Comunista. Disponível em: http://rede.praxis.ufsc.br/action/file/download?file_guid=413, Acessado em: 01/05/2010 às 14h30.
MELLO, I. M. P. Administração, justiça e poder: os ouvidores gerais e suas correições na cidade do Rio de Janeiro (1624 -1696), Dissertação de Mestrado, UFF, 2009.
PEREIRA, Maria de Fátima Rodrigues. As concepções de história na proposta curricular do Estado de Santa Catarina, Editorial Grifos, 2000.
SANTOS, M. Técnica espaço tempo, globalização e meio técnico-científico informacional, São Paulo: Editora Hucitec, 1994.
VIANNA, R. A. Relações Públicas e ouvidoria: cidadania e poder dos públicos. Dissertação de Mestrado, PUC/RS, Porto Alegre, 2008.
* Doutorando em Ciencias da Educação – UNLP. Mestre em Educação na linha Gestão e Políticas Públicas do PPGE da UTP – Universidade Tuiuti do Paraná.

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